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09/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:55am

Entre os tratamentos indicados, acupuntura, homeopatia, fitoterapia e florais
Tratamentos alternativos são usados há milênios para problemas físicos e emocionais que afetam as pessoas. O que poucos sabem é que o uso dessas técnicas em animais é tão antigo quanto em humanos. “É fato que os animais de estimação têm vivido mais tempo e com melhor qualidade de vida. Da mesma forma que as pessoas têm procurado tratamentos complementares para seus próprios problemas, elas também procuram para seus animais”, afirma a veterinária Andréa Mutti. Em sua clínica, NaturalVet, ela realiza homeopatia, fitoterapia, florais de Bach, acupuntura e fisioterapia. “Eu venho usando esses tratamentos há quatro anos nos meus pacientes, com ótimos resultados e aceitação dos proprietários”, afirma a doutora.

Homeopatia é um procedimento criado no final do século XVIII, cujo princípio está na “lei dos semelhantes”: encontrar um medicamento semelhante ao paciente. Em outras palavras, um mesmo medicamento nunca produz sintomas iguais quando ministrado em pessoas diferentes. Para buscar a cura de uma doença é preciso considerar não apenas as características dessa doença, mas também as particularidades mentais e psíquicas do doente.

Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), em Botucatu, Andréa fez curso de homeopatia ainda na faculdade “A homeopatia veterinária tem se mostrado eficiente no tratamento de praticamente todas as doenças, mesmo que de forma complementar a outro tratamento”, defende a especialista. Naquela época, ela também já acompanhava os ambulatórios de acupuntura.

De origem chinesa, a acupuntura consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo visando seu equilíbrio físico e energético. A acupuntura veterinária tem sido usada com sucesso para tratar problemas de coluna e de pele, bem como aqueles relacionados a órgãos internos, câncer e dor. Muitos pacientes de Andréa fazem esse tratamento para problemas de coluna, as discopatias, mais conhecidas como “bicos de papagaio”.
Nessa doença, ocorre uma diminuição do espaço entre as vértebras levando à inflamação dos nervos, o que pode causar quadros de dor grave, incontinência urinária e fecal, e até mesmo paralisia dos membros. A doença não tem idade certa para aparecer, sendo mais comum nos cães da raça daschund, os chamados “salsichinhas”. Os animais costumam mostrar resposta rápida ao tratamento com acupuntura, voltando às suas atividades normais em duas ou três semanas.

Geralmente as sessões de acupuntura com agulhas são semanais e duram cerca de 20 minutos, o que pode gerar certa dificuldade no tratamento em animais muito bravos ou inquietos. Atualmente, existe a opção da acupuntura a laser, sem agulhas. Assim, a sessão é mais rápida, proporcionando resultados com a mesma eficácia. “Recentemente tratei um cachorro pinscher velhinho com os membros posteriores paralisados, ele não aceitava agulhas. Resolvi fazer acupuntura a laser e após duas sessões ele voltou a andar”, conta.

Fisioterapia veterinária é uma especialidade que também tem demonstrado excelentes resultados na recuperação funcional e na melhoria da qualidade de vida dos animais. Essa técnica previne e trata problemas locomotores, como osteoartroses e tendinites, por meio de exercícios, massagens e aplicações de calor, frio, água, luz e eletricidade.

A fitoterapia, por sua vez, usa plantas e derivados em forma de chás, infusões, banhos e compressas, e vem sendo utilizada há anos no mundo todo. “Na medicina veterinária, porém, requer cuidados especiais de acordo com a espécie animal”, explica Andréa.

O tratamento veterinário de florais é realizado com produtos preparados a base de essências de flores e outros elementos naturais. O objetivo é tratar os estados mental e emocional dos animais, em especial os cães e gatos, que convivem mais intimamente com as pessoas, e podem sofrer devido a situações de estresse. Existem vários tipos de florais, que podem ser usados isoladamente ou combinados entre si.

Em sua clínica, Andréa faz tratamentos normalmente em cães e gatos, mas conta que já fez acupuntura até em coelhos e florais para aves. "Em geral, os tratamentos alternativos são indicados pra qualquer espécie. Muitos veterinários fazem acupuntura em cavalos. Homeopatia e florais podem ser usados com facilidade em animais de zoológico sendo diluídos na água de beber, o que evita o estresse em relação às injeções e outros remédios", explica a especialista.

Os tratamentos convencionais vêm acompanhados de uma série de efeitos colaterais e quanto mais velho é o animal, maiores são os riscos apresentados. O uso de anti-inflamatórios, por exemplo, é desencorajado, pois pode sobrecarregar os rins e o fígado. “Os tratamentos naturais não têm contraindicação e podem ser usados a longo prazo, quando necessário”, acrescenta Andréa.

No entanto, não é qualquer veterinário que tem o treinamento necessário para realizar esses procedimentos. Procure aqui um veterinário registrado no Conselho Federal de Medicina Veterinária.