Trabalho de cães farejadores do Vigiagro começa a ser implantado em outras cidades
13/03/2017 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:46am
O projeto do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) de uso de cães farejadores na fiscalização de alimentos nos aeroportos brasileiros começa este ano a ser expandido para pontos estratégicos do país. Desde 2015, os animais atuam no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, num projeto piloto encerrado com sucesso no final do ano passado. Além da capital, os cães devem atuar também em Curitiba (PR).
Os cães labradores da Vigiagro são especialmente selecionados para executar um trabalho que tem como objetivo proteger o Brasil contra pragas e doenças. Os animais farejam bagagens à procura de alimentos e outros produtos que, se adentrarem o território nacional de forma irregular, podem representar uma ameaça para a saúde do país.
A ação tem como objetivo evitar a entrada de pragas e doenças no país que podem estar contidas em alimentos como mel, frutas, certos tipos de queijo, bacalhau, além de sementes e outros produtos. A maior apreensão em aeroportos é de alimentos. De acordo com a Vigiagro, os animais apresentam uma taxa de acerto de 87% na indicação de materiais suspeitos.
O sucesso do projeto piloto levou o órgão a considerar a expansão do serviço canino para outras regiões: um dos cães que atua em Brasília deve ser transferido em breve para o aeroporto Afonso Pena, em Curitiba (PR).
A “promoção” foi concedida a Thor, um labrador de apenas um ano e meio de idade. Em fase de treinamento, o cão será encarregado de ajudar na fiscalização da correspondência internacional. Com a ajuda sobre do faro, o animal deve analisar cerca de 200 mil correspondências por dia, que apresentam um risco desconhecido.
Fiscalização
Após a saída de Thor, o aeroporto de Brasília continua contando com a ajuda de Léo, outro labrador de três anos que se encarrega da varredura de ao menos três desembarques diários. Brasília foi a primeira capital do país a usar cães para vistoriar bagagens. A fiscalização, originalmente, era realizada somente por amostragem ou quando o raio X apontava problema. Há mais de 30 anos, aeroportos internacionais já usam cães com esta finalidade.
Os cães atuam na vistoria das bagagens antes de as malas chegarem às esteiras do desembarque, e representam uma importante ajuda para a agilização da movimentação de cargas no aeroporto. Quando o animal detecta a presença de um produto suspeito, a mala é separada e aberta pela fiscalização. Os produtos de origem animal ou vegetal encontrados acabam destruídos.
Segundo o auditor fiscal federal agropecuário do Vigiagro, Márcio Micheletti, que trabalha com apoio de Léo, a versatilidade dos cães é muito grande, podendo vistoriar correspondência, cargas, drogas e explosivos.
O cão pode trabalhar o dia inteiro, com pequenos intervalos. Léo, quando está em ação, é focado e só se distrai ao receber uma bolinha do fiscal agropecuário, como recompensa. Quando seu faro identifica uma bagagem suspeita, ele dá o aviso a Michelettio, se posicionando em frente ou sobre a mala.
Saiba mais
Veja aqui o que é permitido transportar em sua bagagem ao ingressar no Brasil. Acesse também conteúdo da Instrução Normativa nº 11/2016, que trata de excepcionalidades no transporte de produtos de origem animal.
Assessoria de Comunicação do CFMV, com informações do Mapa