SUINOCULTURA
21/01/2013 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:05am
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) as cotações do suíno vivo estão mais firmes em muitas regiões neste início de ano.
Segundo pesquisadores do Centro, apesar de as vendas para o consumidor final seguirem fracas, muitas indústrias voltaram às compras nos últimos dias, mas acabaram se deparando com a baixa oferta de animais para abate.
O cenário foi observado principalmente no estado de São Paulo, justamente onde os valores pagos pelo animal mais aumentaram. Sendo que entre 3 e 10 de janeiro, o Indicador do Suíno Cepea/Esalq apresentou alta de 4,2% no estado paulista, com o vivo comercializado na média de R$ 3,60/kg nessa quinta-feira, 10.
Em Minas Gerais, porém, houve ligeiro recuo de 0,3% no período, a R$ 3,76/kg. No Sul do País, o suíno também teve valorização. No Paraná, o preço pago ao suinocultor aumentou 3,6% em sete dias, com média de R$ 3,08/kg.
Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o quilo do animal passou para R$ 3,08 e R$ 3,04 na quinta, elevações de 2,3% e 1,3%, respectivamente.
No atacado da Grande São Paulo, o aumento dos preços no mercado de animais foi repassado para as carcaças. A carcaça comum apresentou alta de 4,6% em sete dias, vendida a R$ 5,66/kg, em média, nessa quinta.
A especial teve aumento de 0,8% no período, a R$ 5,78/kg. De acordo com o diretor Executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues, essa diminuição da disponibilidade está atrelada ao fato de grande parte dos suinocultores terem comercializado animais no final de dezembro e, agora, só restam animais mais leves.
Por outro lado, ele tem boas perspectivas para 2013, já que o Estado tem potencial para expandir seu Rebanho de Suínos. Entre outros fatores que favorecem estes desenvolvimento, estão: excelente nível sanitário, boa oferta de energia, infraestrutura de transporte e logística em consolidação. Além de uma política ambiental exigente e bem fundamentada, conduzindo à sustentabilidade das operações. "Temos feito parceria com o Indea e o Mapa, para fortalecermos ainda mais a questão dos cuidados com a sanidade.
Além de estarmos trabalhando para continuarmos alerta nessa questão ambienta." O Cepea coleta, desde 2001, os preços diá- rios do suíno vivo e da carne carcaças comum e especial e cortes.
O levantamento do suíno vivo é feito junto a produtores, cooperativas e associações de produtores, associações mistas formadas por vendedores e compradores -, intermediários e frigoríficos, via ligações telefônicas e por fax.
O mercado da carne, por sua vez, é pesquisado por meio de contato com frigoríficos, intermediários e atacadistas. Os levantamentos sobre suíno vivo ocorrem em oito estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás estão sendo iniciadas também pesquisas em algumas regiões do Nordeste.