suinícola

03/07/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

Nove municípios de Santa Catarina decretaram situação de emergência devido à crise vivida na Suinocultura no país. Ontem, foi a vez de Concórdia, onde a atividade envolve 2,3 mil famílias e o preço ao produtor está 55,8% abaixo do custo, de R$ 2,60. O mesmo caminho pode ser tomado pelo Estado caso não haja medidas. Na prática, o decreto auxilia na busca por medidas de apoio. Há protesto previstos para o dia 12, em Brasília. O secretário de Agricultura de Concórdia, Marnio Cadore, quer chamar a atenção para as dificuldades com a alta nos insumos e os embargos russos e argentino. Em junho, a exportação de carne suína do Brasil caiu 16,3%, frente às 46 mil toneladas no mesmo mês de 2011.

Segundo o assistente técnico de Agricultura da Famurs, Iberê Orsi, a situação do Estado é menos desfavorável porque a economia das regiões produtoras é mais diversificada. Não é o caso de Nova Candelária, no Noroeste. Com quase 27 Suínos para cada um dos 3 mil habitantes, 70% da receita vem da atividade. A cidade já contabiliza prejuízo de 30% no comércio. O prefeito Renato Müller prevê: o golpe produzirá efeitos por dois anos.

Ontem, audiência pública na Assembleia Legislativa gaúcha debateu a crise. Na quarta-feira, os presidentes da Casa, Alexandre Postal, e da Comissão da Agricultura, Ernani Polo, entregarão ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, documento que dá respaldo político a pleitos já encaminhados. Entre eles, a prorrogação de custeio e investimento e preço mínimo de R$ 2,57. "A situação dos produtores é dramática", reconhece Polo. O ministério prometeu apresentar medidas na próxima semana.