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02/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:50am

As fêmeas da mosca tsé-tsé produzem um único ovo por vez. A larva fica incubada na cavidade que corresponde ao útero materno e é alimentada pela mãe com uma substância parecida com leite que ela produz.

Agora, os pesquisadores relatam que o “leite” da mosca tsé-tsé contém uma enzima chamada esfingomielinase, ou SMase, importante também na lactação dos mamíferos.

Isso significa que a mosca tsé-tsé pode ser usada em estudos de problemas de lactação de humanos, afirmou Joshua Benoit, entomólogo da Universidade de Yale que participou da pesquisa. Ele e seus colegas relataram as descobertas no periódico The Biology of Reproduction.

Nos seres humanos, por exemplo, a deficiência de SMase pode causar a doença de Niemann-Pick, distúrbio neurológico que pode ser fatal em crianças pequenas.

Por outro lado, existe a doença do sono (e a doença do sono que afeta os animais), causada por parasitas transmitidos pela picada da mosca tsé-tsé. A doença do sono pode ser fatal se não for tratada no início e para ela não há vacina.

Os pesquisadores acreditam que através da manipulação da produção da enzima de lactação nas fêmeas é possível contribuir com a redução da população da mosca. Isso pode ser feito através da pulverização de substâncias químicas nos animais dos quais a mosca se alimenta, afirmou Benoit.