OVINOCULTURA

07/01/2013 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:05am

Alguns setores da agropecuária mato-grossense mostraram organização, recuperação e capacidade de investimento em 2012. O que pode significar um 2013 promissor e de boas expectativas.

Um deles é o segmento da ovinocaprinocultura, que segundo especialistas se torna a cada dia uma atividade rentável e por isso tem atraído mais adeptos.
De acordo com dados do Instituto de defesa agropecuária do Estado Mato Grosso (Indea-MT) o Rebanho de ovinos e caprinos no Estado é de 1,4 milhão de cabeças, com uma taxa de crescimento de 27% ao ano, respondendo por cerca de 11% do Rebanho nacional, que é de 17 milhões de animais.

Uma das ações realizadas para o desenvolvimento desta cadeia foi a criação do Grupo Gestor da Ovinocaprinocultura, cujo compromisso é fortalecer de modo capacitado todas as estruturas do setor, para que haja o crescimento da atividade.

De acordo com Paulo de Tarso, coordenador da Cadeia Produtiva da Ovinocaprinocultura no Estado, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), um dos alicerces do deste grupo são os Consórcios Intermunicipais, que estão realizando o acompanhamento de todas as atividades.

O objetivo é mapear toda a cadeia produtiva, com ações voltadas para as demandas que serão levantadas. A ideia é de que o produto chegue aos consumidores com alto padrão de qualidade, sendo que para isso é preciso mobilizar todo o Estado.
Em função disso, foi realizada uma parceria entre a Embrapa e o Estado de Mato Grosso, para a elaboração de um projeto com ênfase na capacitação continuada de técnicos multiplicadores.

O papel da instituição é oferecer tecnologia com base nas potencialidades dos municípios mato-grossenses. Os trabalhos a serem executados preveem a criação das Unidades de Referências Técnicas (URTs) a serem instaladas em determinadas propriedades rurais estrategicamente situadas, que servirão de referência técnica aos produtores das regiões abrangentes.

O repasse do conhecimento será de responsabilidade das instituições de Mato Grosso, como Unemat e UFMT, além do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sebrae, Senai, Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), entre outros.
A proposta prevê a modernização dos frigoríficos, buscando produtos finais competitivos junto aos mercados de carne.Tarso destaca ainda que 2013 pode ser um ano positivo para o setor, já que a ovinocultura tem se tornado cada vez mais uma atividade lucrativa, com a carne de cordeiro ganhando mercado, com uma excelente remuneração.

Segundo ele, comparando com a pecuária de corte na produtividade por hectare a produção de cordeiros rende três vezes mais que o boi. "Nosso grande desafio é a organização da produção para transformar a atividade em lucros direto para o produtor.
Hoje temos os frigoríficos de Rondonópolis e Alta Floresta funcionando em pleno vapor, mas esperamos mais investimentos neste sentido".