MUTIRÃO
14/03/2013 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:05am
Propriedades próximas da fronteira entre Brasil e Uruguai foram fechadas.Equipe realiza mutirão de combate ao parasita que provoca a infecção. Todas as propriedades que estão com o problema ficam no município de Santana do Livramento.
Só em uma delas estão sendo tratados 1,3 mil ovinos da raça corriedale, produtora de lã e carne, por isso, o trabalho dos 11 profissionais entre veterinários, auxiliares e técnicos da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio começa antes mesmo do dia nascer. Àqueles que são tratados, recebem uma identificação.
A sarna é um ectoparasita causado por um ácaro, que provoca uma intensa coceira quando perfura a pele dos ovinos para se alimentar.
O animal com sarna perde o apetite e demora mais para ganhar peso. A lã também fica prejudicada, já que o animal se coça e acaba estragando as fibras.
O trabalho vai ser realizado em 16 propriedades que estão localizadas na linha divisória entre o Brasil e o Uruguai. No total, nove mil ovinos vão receber o tratamento, que é feito em duas etapas.
A primeira é quando os veterinários chegam no local e a outra sete dias depois. O produtor Walter Cassales não sabe explicar quando, nem como o problema da sarna voltou a atacar os ovinos. Ele diz que se sente mais tranquilo com o trabalho de controle que vem sendo realizado, mas faz um alerta para que outros produtores também busquem evitar a expansão da sarna para outras propriedades. "Se nós não nos unirmos não vai funcionar porque o Uruguai está separado daqui somente por uma estrada".
O trabalho nas fazendas deve durar cerca de 15 dias. As autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul informaram ao governo do Uruguai sobre o aumento da incidência da sarna. O país vizinho se comprometeu a intensificar as vistorias nas propriedades do outro lado da fronteira.