Iniciativa

08/07/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:26am

Com a finalidade de criar um grupo de trabalho para fiscalizar e verificar se as empresas responsáveis pelo abate das aves comercializadas, em supermercados e demais estabelecimentos localizados no Estado do Rio de Janeiro, estão utilizando o processo de criogenização para o congelamento do produto, o deputado Jorge Babu (PTN), autor da lei que determina a alteração no processo de congelamento, vai convidar para um encontro na Assembléia Legislativa, representantes do Ministério da Agricultura, do Ipem/RJ, da Anvisa e do Procon.

"Nossa finalidade é a de resguardar o direito do consumidor, que já está cansado de reclamar da quantidade de água encontrada no frango que é descongelado em casa. Isso é uma brincadeira! ", disse.

Babu lembrou que antes o processo utilizado pelas empresas era o de arrefecimento lento, que dava margem para a formação de cristais de gelo, prejudicando a textura do produto e seu valor nutritivo. Ele explicou ainda que, com a criogenização, qué é o congelamento rápido e instantâneo de alimentos, a possibilidade de acúmulo de gelo é praticamente nula.

A lei foi criada em decorrência do elevado número de reclamações de consumidores com dúvidas em relação à qualidade da textura da carne de aves congeladas e ao seu peso, que aumenta constantemente nos órgãos de defesa do consumidor e nos serviços de atendimento ao consumidor (SAC) das empresas; onde a maior dúvida desses consumidores, é saber se realmente o frango que eles estão levando para casa possui o peso registrado na embalagem, ou se ele está levando uma grande quantidade de água congelada no interior do produto.

"Segundo as normas sanitárias só é permitido no máximo 6% de água no frango congelado. Porém, o Ministério da Agricultura já encontrou em amostras testadas até 26% de água. Isso é um absurdo", disse. Ele lembrou, ainda, que hoje o processo de criogenização é utilizado, com sucesso, no congelamento de moluscos e crustáceos.