gastos

08/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:50am

Na hora de vender os porcos, o preço não cobre os custos.Criadores estão preocupados e pensam em deixar a atividade.

Na hora de vender os porcos, o preço não cobre os custos.Criadores estão preocupados e pensam em deixar a atividade.

Com 30 anos de experiência na criação de Suínos, no município Limeira, região leste de São Paulo, Pedro Tosello lamenta a fase difícil do setor. "A atividade nos últimos cinco, seis anos, está preocupante porque o suinocultor está perdendo muito, está tendo prejuízo, não tem capacidade de investir, de melhorar a granja e de fazer manutenção nas instalações".

A associação que representa os produtores expõe ainda mais a situação. "Eu estou há 22 anos na frente desse segmento e posso dizer sem sombra de dúvidas que esta é a maior crise que o setor passa", conta Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos

A arroba do porco que chegou a R$ 60 em dezembro é negociada na região leste de São Paulo por menos de R$ 45 reais.

O milho e a soja, principais ingredientes da dieta dos Suínos estão mais caros, e neste momento o valor da arroba do porco não paga os custos.

Uma das estratégias para amenizar os prejuízos está no berçário. Comparado com 2011, uma granja em Limeira diminuiu a produção em 10%. De 600 matrizes, a meta é chegar ao fim de 2012 com apenas 500 e depois reduzir ainda mais, em até 20%.

Pedro Tosello produz em torno de 1.300 animais por mês. São cerca de 15 mil ao ano e até para desistir do negócio tem que fazer cálculos. "Se fosse mais fácil parar, mais gente já tinha parado. Até isso é difícil, envolve demissão de funcionários e a partir do momento em que se decide parar, isso leva de nove a 10 meses".