Fertilizantes
29/11/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:04am
As vendas de fertilizantes e defensivos agrícolas devem bater recordes históricos neste ano. As projeções otimistas foram apresentadas nesta segunda-feira (29/11) por representantes do setor na reunião da câmara temática de insumos agrícolas, do Ministério da Agricultura.
Os dados da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda) mostram que as entregas ao consumidor final de janeiro a outubro deste ano somaram 23,896 milhões de toneladas, volume 19,1% superior ao observado em igual período do ano passado. As entregas neste ano devem atingir volume recorde, superando as 24,516 milhões de toneladas do ano passado e as 24,608 milhões registradas em 2007.
As indústrias de defensivos agrícolas também preveem faturamento recorde neste ano, na casa dos R$ 15 bilhões. Os dados preliminares até outubro mostram que o setor obteve uma receita de R$ 10,199 bilhões, valor 10% acima do observado em igual período do ano passado.
O destaque é o aumento de 21% nas vendas de inseticidas, que atingiram R$ 3,512 bilhões, desbancando o segmento de herbicidas, tradicional carro-chefe do setor. As vendas de herbicidas cresceram 8% e atingiram R$ 3,455 bilhões no acumulado dos dez primeiros meses deste ano.
As vendas de fungicidas cresceram 3% e somaram R$ 2,750 bilhões. Eduardo Daher, diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), observa que em função da continuidade das chuvas, que aumenta o risco de incidência da ferrugem, as vendas de fungicidas devem aumentar.
Os dados relativos a outubro deste ano mostram que houve aumento de 20% nas vendas em relação ao ano passado. As vendas totais de defensivos em outubro somaram R$ 1,919 bilhão, valor 15% acima do mesmo mês do ano passado.
O economista Luiz Antônio Pinazza, presidente da câmara, diz que os números sobre as vendas de insumos refletem o bom momento da agricultura, mas alerta para o fato de o Brasil não ter uma política de seguro anticíclica neste momento de incerteza em relação ao clima. Ele diz que o risco existe, pois desde 2004 a safra brasileira não sofre com uma adversidade climática séria.