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17/07/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:43am

Os motivos que levam à escolha pelo produto daqui são inúmeros, mas o que se destaca na hora de fechar o negócio com os importadores é a qualidade e procedência da carne, garantidas tanto pelos produtores quanto pelas indústrias. Para fortalecer ainda mais a boa qualidade dos produtos, a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) criou recentemente o selo Brazilian Chiken. A logomarca visa certificar que a indústria que irá exportar respeitou todas as exigências sanitárias e de manejo, que vai desde a cria dos pintainhos até o armazenamento da carne.

Auditoria independente – A indústria que estiver interessada em adotar o novo sistema de certificação, terá que passar por uma auditoria independente para verificação de cumprimento de exigências sanitárias estabelecidas pelo governo federal. O selo certificador possui mais de 70 regras a serem cumpridas e, só poderá ser implantado nas trinta instituições associadas à Ubabef. De acordo com a entidade, esse grupo de empresas é responsável por 97%
das exportações brasileiras de carne de frango. Francisco Turra, presidente da Ubabef, explica que a criação do selo vem sendo estudada há cerca de dois anos. ”Com ele, queremos garantir para nosso importador que as regras e os padrões sanitários de produção são aplicados em nosso País”, afirma.

Excelência – Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), afirma que produtos como o café e o queijo, já possuem selos de qualidade, e que agora é a vez da avicultura provar a sua excelência. ”Além disso, é mais uma estratégia de marketing para mostrarmos que temos produtos de alta qualidade”, sublinha. Segundo ele, as indústrias paranaenses já estão prontas para receber o selo e já estão buscando informações sobre o assunto. O presidente da Ubabef explica que a certificação é facultativa, ou seja, a empresa que não quiser implantá-la em seu produto, não terá nenhuma restrição de comercialização no mercado externo, já que cabe ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) liberar a comercialização do produto.

Responsabilidade social – Turra acrescenta que as normas estabelecidas pelo selo não englobam somente a produção, mas também leva em conta a responsabilidade social da empresa perante os funcionários e também os cuidados com o meio ambiente. Ricardo Santin, diretor de
mercados da Ubabef, explica que para ganhar a certificação, a empresa deve seguir todos os padrões exigidos pelo Programa Nacional de Resíduos, que visa minimizar os impactos ambientais por meio do tratamento de efluentes tanto da indústria, quanto dos seus fornecedores, no caso as granjas. Além disso, Santin completa que a saúde e a segurança dos trabalhadores e dos produtores também devem ser seguidas à risca. ”Nós temos qualidade
garantida, mas agora certificada”, enaltece.

Certificação validada – Celso Brasil da Cruz, assessor de qualidade da Cooperativa Copacol, confessa que ainda desconhece o selo de certificação da Ubabef, mas vê com bons olhos essa iniciativa que deverá garantir que as empresas mantenham sempre o mesmo padrão de qualidade.
O representante da cooperativa enfatiza que além das exigências do Ministério da Agricultura, muitos blocos, como a Europa, extrapolam nas exigências que, na conta dele,
passam de 200. ”Ainda temos que estudar, mas o novo selo pode ser muito favorável para o nosso negócio”. observa. Ao todo a Copacol abate 320 mil aves por dia, o que garante 720 toneladas de carne. Desse volume, 40% é exportado.

Regulamento – Turra, presidente da Ubabef, explica que a entidade já começou a distribuir os regulamentos para aquisição do selo. A partir daí, as empresas optarão se vão ou não adotar esse sistema de certificação. Ele ainda acrescenta que a entidade já estuda implantar um
selo semelhante voltado para o mercado interno que possui a mesma qualidade dos materiais exportados. Turra afirma que a entidade já prepara a primeira incursão para a Indonésia para divulgar o selo. Japão, Oriente Médio e Europa serão os próximos mercados visitados.