Desempenho do ovo em março de 2014
01/04/2014 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:56am
Em março o ovo continuou a recompor-se das perdas enfrentadas desde setembro do ano passado (com breve intervalo no mês de dezembro). E o fez de forma não só espetacular, mas também inédita. A ponto de alcançar o melhor valor nominal de todos os tempos. A saga do ovo ?morro abaixo? começou em setembro de 2013. Foi quando o produto passou a registrar evolução negativa de preços em relação ao mês anterior. O ligeiro interregno em dezembro repôs apenas a perda de novembro, mas como o recuo voltou a intensificar-se na abertura de 2014, janeiro foi fechado com um valor quase 33% menor que o de seis meses antes e a pior cotação em mais de dois anos. A reversão iniciada em fevereiro foi, no mínimo, surpreendente. Pois em pouco mais de três semanas o produto obteve reajuste de mais de 50%. Fechou o mês com um preço médio 34,39% superior ao de janeiro, mas com resultado ainda negativo em relação a fevereiro de 2013. O que não se imaginava é que a recuperação iniciada em fevereiro tivesse a mesma vitalidade no mês seguinte. Daí a nova surpresa. Pois em menos de duas semanas o ovo teve valorização superior a 21% – o que significou ganho diário da ordem de 1,5%. Um fenômeno que faz com que, pela primeira vez em cinco meses, o produto alcance valor superior ao de um ano atrás. Melhor ainda na medida em que o mês de março de 2013 ficou marcado como o de melhor preço do ano passado. Claro, diversos fatores concorreram para isso. Um deles foi a retomada do consumo, aí incluso o retorno da merenda escolar. Outro fator esteve relacionado às altas temperaturas do mês, responsáveis por redução da produção e, portanto, menor oferta. Por fim, temos a Quaresma, período em que o ovo experimenta, naturalmente, forte valorização. Mas a causa básica determinante da recuperação do mercado do ovo foi, sem dúvida, a ?limpeza? do plantel, com o descarte de poedeiras mantidas há tempos além da idade ideal ou, mesmo, o abate das Aves menos produtivas.E isso parece garantir que, mesmo passada a Quaresma, na segunda quinzena de abril, os preços recebidos continuarão garantindo a lucratividade do produtor.