CRISE
17/01/2013 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:05am
Mendes Ribeiro Filho participou ontem, em Florianópolis, de assinatura de um termo para cooperação técnica na área de inspeção e garantiu providências do governo federal para que problema de falta de milho para produtores catarinenses ocorrido no ano passado não se repita em 2013.
Para que a produção da agroindústria catarinense não seja freada pelo segundo ano consecutivo por falta de ração, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, aposta na construção de silos para armazenar milho – principal componente da ração de porcos e Aves – ainda neste semestre.
Mendes Ribeiro, que esteve ontem em Florianópolis para oficializar projeto-piloto de credenciamento de SC no Sistema Brasileiro de Inspeção, garante, ainda, que as primeiras cargas para abastecer os pequenos produtores devem chegar em março.
Empresários do setor agroindustrial ainda se queixam da falta de milho sofrida em 2012, que provocou prejuízos para o Estado. Receosos de que a história se repita em 2013, eles pressionam o governo federal.
– Vamos construir silos em SC. Estamos discutindo quantos e se serão públicos ou privados. O que não pode ocorrer é faltar lugar para armazenar o milho – disse o ministro.
Enquanto os silos não são construídos, outro passo é a antecipação da compra do milho. Segundo Mendes Ribeiro, devem ser compradas 3 milhões de toneladas para todo o país, com praticamente todo o volume vindo para SC. Para a venda a balcão – a pequenos produtores – a oferta inicial deve ser de 500 mil toneladas.
Ter a ração para Suínos e Aves será fundamental para que as agroindústrias possam produzir o suficiente e disputar o mercado em outros estados, o que será possível a partir da adesão de SC ao sistema nacional de inspeção para produtos de origem animal. As primeiras seis das 780 empresas que devem receber a nova certificação – em substituição gradual ao modelo em vigor desde 1993 – serão certificadas em março, segundo a Secretaria da Agricultura.
Até então, o produto só podia ser vendido no município de origem ou em SC. Com o acordo, ele poderá ser comercializado em qualquer lugar do Brasil. No Estado, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc) será a responsável pela inspeção higiênico-sanitária e tecnológica, conforme as normas do Ministério da Agricultura.