CIÊNCIA

18/09/2009 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:28am

A reprodução foi inovadora, e uma conquista inédita no Brasil, conseguida pelo Parque Ambiental Mangal das Garças que por três semanas acompanhou a reprodução da ave.

O filhote de colereiro (Platalea ajaja) nasceu por meio de métodos artificiais de incubação (chocadeira), e já foi confirmado com a presidência da Sociedade Brasileira de Zoológicos (SBZ).

O pequeno coleiro é o nono do Mangal, sua importância está pela raridade que essa espécie representa no país. Cerca de trinta anos atrás,a ave esteve bem perto da extinção devido a beleza de suas penasque eram usadas na decoração ou adorno de chapéus.

“A reprodução confirmada em nossa instituição é um marco importante na história do parque e é resultado de uma seqüência muito nobre de eventos que iniciou em 2007, com o resgate heróico de três animais que estavam mantidos em subcondições na ilha do Marajó”, relata a veterinária do Mangal, Áurea Linhares.

“Acompanhamos da estação reprodutiva da espécie desde a mudança da coloração das penas e a mudança do comportamento dos animais. Incrementamos diariamente o ambiente com gravetos secos para que os mesmos pudessem confeccionar os próprios ninhos. Acompanhamos de forma permanente com o cuidado de fotografar inclusive o momento do ‘namoro’”, conta Áurea.

Segundo ela, a dedicação foi tamanha que a equipe chegou a manter uma escada dentro do espaço para que se pudesse acompanhar cada postura dos ovos. Agora, o recém-nascido está bem, alimentando-se sem dificuldades com o uso da sonda. O feito será transcrito numa adequação do Protocolo de Manejo do Guará para filhotes de colhereiro (Platalea ajaja).

Outro trabalho de sucesso do Mangal das Garças foi no ano passado conseguir reproduzir pela primeira vez o guará vermelho em cativeiro, e que também está inovando, ao manter um estudo de viabilização de condições fisiológicas de reprodução do Pavãozinho do Pará em cativeiro, que vai ser publicado e apresentado em congressos ainda este ano.