CIÊNCIA

03/10/2009 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:28am

Um trabalho de conclusão de curso técnico em Zootecnia da Etec Professora Carmelina Barbosa, do Centro Paula Souza, em Dracena (SP), testou e aprovou uma boa alternativa para a alimentação de aves de corte, que tem como base o bagaço de acerola.

Tudo começou quando quatro alunos do professor de Processamento de Produto Agropecuário e de Produção Animal, Victor Eloy da Fonseca, visitaram uma indústria de sucos da região de Dracena (SP) que produz 700 toneladas de bagaço por ano.

Ao verem ali a quantidade de bagaço de acerola, aventaram a hipótese de trabalhar com o resíduo na alimentação animal.

Após uma análise bromatológica, constatou-se que o bagaço de acerola tem altos teores energético e de proteína, além de boa digestibilidade.

As aves foram postas em ambientes idênticos em relação a luz, temperatura e estrutura, sendo separadas apenas por uma tela. Nos sete primeiros dias, foram alimentadas normalmente. Depois, foram divididas em dois grupos. Um recebia ração comercial e o outro, bagaço de acerola.

Após 42 dias, as aves alimentadas com ração preparada com o bagaço da acerola tiveram ganho de peso vivo 9,4% maior. O peso da carcaça foi 12,8% maior.

O resultado foi animador e, após oficialmente comprovado, Fonseca e seus alunos foram incentivados a patentear a descoberta e ingressar com pedido de registro no Ministério da Agricultura, o que já está sendo providenciado, com auxílio da mesma indústria.

Fonte: Estado