CARNE
22/01/2013 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:05am
As exportações de carne bovina "in natura" não refletem os efeitos da suspensão de importações feita por alguns países devido ao caso atípico de vaca louca registrado no país.
As vendas externas do Brasil de carne bovina já somam 54 mil toneladas nas três primeiras semanas deste mês.
Mantido o ritmo atual, as exportações devem chegar a 90 mil toneladas até o final do mês.
Se for concretizado, esse volume vai superar em 45% as exportações de janeiro do ano passado e em 8% as de dezembro último, segundo dados divulgados ontem pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
A maioria dos países que impuseram barreiras totais à carne brasileira não importa o produto "in natura" e tem pouca presença nas compras do produto industrializado. São os casos da Coreia do Sul e do Japão.
A carne suína também mantém aumento no volume exportado deste mês, embora em ritmo bem menor do que o recorde de meados do segundo semestre.
A média diária de exportações divulgada ontem pela Secex indica que as vendas deste mês devem atingir 37 mil toneladas de carne "in natura".
No mês passado foram exportadas 32 mil toneladas, enquanto em janeiro de 2012 o volume atingiu 31 mil toneladas. Os dados se referem apenas às carnes "in natura".
A Avicultura segue a tendência de queda nas exportações neste mês, mesmo comportamento que o setor já vinha registrando nos últimos meses.
O volume de carne "in natura" a ser exportado neste mês deverá ficar em 264 toneladas, ante 314 mil em dezembro e 294 em janeiro de 2012.
Computadores seguram alunos nas escolas rurais
O projeto "Criança do Café na Escola", iniciado para permitir às crianças das áreas cafeeiras ter o primeiro contato com a era digital, completa dez anos.
Um dos objetivos é montar laboratórios nas escolas, onde os alunos possam começar a utilizar os computadores. A maioria das escolas está localizada na zona rural.
Uma pesquisa para avaliar esses dez anos do projeto, já implantado em 121 escolas, indicou que há um aumento de interesse dos alunos nas atividades da escola.
O projeto, que faz parte de um programa de integração dos alunos, tem a participação de empresas do setor e coordenação do Cecafé (conselho dos exportadores de café). Os investimentos somam R$ 3,7 milhões no período.
Ritmo menor 1 As importações de fertilizantes estão menores neste início do ano do que no anterior. Segundo a Secex, as indústrias brasileiras gastaram US$ 22,8 milhões por dia útil, 19% menos do que em janeiro do ano passado.
Ritmo menor 2 As importações de cereais e de outros produtos de moagem iniciam o ano em alta, em relação a dezembro, mas os gastos atuais perdem ritmo em relação aos de igual mês do ano passado.
Não cai A confirmação da safra recorde brasileira de soja já faz os preços perderem força internamente. Mas o excesso de chuva e a baixa oferta em várias regiões ainda vão impedir quedas mais acentuadas nesse começo de safra.
Logística O avançado percentual de vendas antecipadas e a logística precária, que atrasa o fluxo da safra, também vão segurar os preços, segundo avaliação da consultoria Céleres, de Uberaba.
Oferta menor eleva preços do feijão para consumidor
A perda de área para a soja e a ocorrência de geada no início da safra fizeram com que a oferta de feijão se retraísse nessa primeira colheita do ano. O resultado é uma elevação nos preços da saca do produto de melhor qualidade.
Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, diz que tradicionalmente a primeira safra rende perto de 1,3 milhão de toneladas de feijão, mas que essa, devido a esses problemas, deverá ficar próxima de 800 mil.
A redução de oferta faz os produtores apostar na elevação dos preços e buscar valores mais elevados, segundo Brandalizze.
O feijão de melhor qualidade já é negociado a R$ 200 por saca, segundo pesquisa da Folha.