Alimentação

29/07/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:09am

Alguns animais do parque Mãe Bonifácia, que fica na região central de Cuiabá (MT), estão ficando doentes e em alguns casos chegam até a morrer por conta da mudança na alimentação. Isso porque, de acordo com a administração do local, os visitantes do parque acabam deixando alimentos aos animais e isso acaba prejudicando a saúde deles.

O gerente do parque, Celso Ferreira, diz que a alimentação dos animais mudou bastante. Os funcionários já encontraram iogurte, chiclete e doces nas trilhas. Até uma maçã-do-amor foi disputada por pequenos macacos. ”Nós já presenciamos aqui e levamos à Universidade Federal de Mato Grosso um sagui com problema intestinal por ter ingerido esses alimentos provenientes do pessoal que vem aqui no parque”, conta Ferreira.

Para tentar contornar a situação, algumas placas de avisos estão sendo instaladas no local. Os alertas explicam aos visitantes que não se deve alimentar os animais e mostram também os riscos à saúde dos animais. O parque possui 77 hectares ricos em espécies do cerrado. Durante a caminhada nas trilhas é possível se deparar com macacos, capivaras, cobras e vários outros animais.

No caso dos macacos, o veterinário Saulo Teixeira explica que os animais possuem uma dieta diferenciada. A alimentação deles variam da dieta herbívora, se alimentando de plantas e vegetais, que segundo o veterinário, é suficiente para o bem estar deles. Além disso, o parque oferece um suplemento aos animais, dando uma dieta de frutas variadas.

Mesmo com os avisos, ainda assim a administração do parque encontra animais mortos nas trilhas. ”Existem dois problemas na questão do alimento do animal. O primeiro é quando você tenta diretamente dar o alimento e o segundo é abandonar os restos dos alimentos durante o passeio no parque”, explica o veterinário.

O médico veterinário ainda diz que os alimentos gordurosos também podem provocar a mudança de comportamento dos saguis. ”Já que ele vai encontrar facilmente ele sabe quem leva esse alimento, então ele vai ao encontro dessas pessoas, que interpreta como sendo fonte do seu alimento. E quando ele não é atendido passa a ser agressivo”, finaliza Teixeira