Zootecnista é gente que faz acontecer na genética

19/05/2021 – Atualizado em 30/10/2022 – 9:02pm

Produzir mais, aumentar os rendimentos da produção animal e gerar menos impacto para o meio ambiente. Pode parecer utópico, para muitas pessoas, mas não para os zootecnistas, que fazem acontecer diariamente no melhoramento genético dos rebanhos. A zootecnista Liliane Saguisawa, referência em pesquisa e aplicação de genética em bovinos, afirma que o Brasil está na fase inicial de uma revolução, com a introdução de novas tecnologias. Além de mais eficiência, o setor busca mais qualidade do produto. 

“Se, em 1996, abatíamos animais com quatro anos e meio, hoje abatemos com três anos de idade. Encurtamos o ciclo pecuário, o que significa ganho financeiro para o produtor, mas a grande revolução, que é colocar mais eficiência com mais qualidade, estamos começando. No agronegócio, isso vai significar aumento da produção de carne por animal sem precisar de mais área e sem agredir o meio ambiente”, ressalta. 

Graduada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), mestre em Ciência Animal e Pastagens pela Universidade de São Paulo (USP) e doutora em Zootecnia (Unesp), Liliane atualmente é diretora técnica da Designer Genes Technologies Brasil Consultoria Empresarial Ltda (DGT Brasil), atuando com ultrassonografia por software e genômica – uma das apostas do setor. Com tantos anos de estudo e prática, defende que a genética é um dos principais pilares da profissão e um motor para o desenvolvimento da pecuária. Por meio de critérios técnicos, os animais com melhores características genéticas relacionadas ao objetivo da produção – seja leite ou carne – são selecionados para gerar novos indivíduos com essas qualidades. 

“A área da genética é a base da construção da produção animal. Com o conhecimento nas mãos aliado ao ambiente adequado, conseguimos obter o melhor do animal, encurtando o caminho para chegarmos a um objetivo na produção”, explica. 

A introdução de novas tecnologias, como a ultrassonografia por software, que permite análise interna da carne, da gordura e do marmoreio do animal ainda vivo, aumenta a capacidade de precisão na seleção dos animais para reprodução. Os dados apontam os indivíduos com mais carne, ou com carne mais macia, por exemplo. De acordo com Liliane, o uso da técnica poderá transformar a carne brasileira de uma commodity em um produto de valor agregado de qualidade, como ocorreu nos Estados Unidos, onde a ultrassonografia é consolidada na pecuária. 

“Acredito que o Brasil vai dominar o mundo na questão dos alimentos. Pelo nosso ambiente, sem neve, frio e terremoto, vamos conseguir produzir carne de extrema qualidade para o mundo e que vai atender aos paladares mais exigentes”, conclui.

Gente que faz acontecer

A campanha “Zootecnista é gente que FAZ acontecer” é uma iniciativa do Sistema CFMV/CRMVs em homenagem ao Dia do Zootecnista, celebrado em 13 de maio. Ao abordar a trajetória de sucesso de profissionais nas áreas de genética, agronegócio e educação, mostramos a importância da categoria para alavancar a produção pecuária nacional e produzir alimento para o mundo. O zootecnista não espera a situação ideal para agir, ele ‘bota a mão na massa’ e faz acontecer.

Confira o hotsite da campanha e outros grandes personagens desta profissão: https://www.cfmv.gov.br/dia-do-zootecnista-2021/

Assessorias de Comunicação do SistemaCFMV/CRMVs