Solução
04/07/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am
A cada crise, Santa Catarina vai perdendo produtores especializados na criação de Suínos. Alguns abandonam a atividade, outros vão tentar a sorte longe de casa. É o caso de Adair Cella, que há cinco anos fechou os chiqueiros em Chapecó, onde tinha 200 fêmeas que produziam 4 mil leitões por ano. Ele e mais seis sócios, sendo cinco do Oeste de Santa Catarina e dois que estavam no Mato Grosso, montaram uma granja de Suínos em Tapurah (MT).
Foram investidos R$ 30 milhões na estrutura, que abriga 170 funcionários e uma produção de 324 mil Suínos por ano. Cella diz que a opção foi em virtude das dificuldades ambientais e custo de produção, já que o milho é mais barato no Centro-Oeste.
Modelo está com os dias contados
Além disso, no Mato Gosso o modelo de produção é diferente. Em Chapecó, ele era responsável pelos insumos e lá a remuneração é por leitão produzido, sendo que os insumos e assistência técnica são bancados pela agroindústria.
Ele vê que o antigo modelo de produção familiar, em pequena escala, não sobreviverá. Na comunidade de Colônia Cella, onde continua morando com a família, Adair lembra que, em menos de 10 anos, restaram apenas cinco dos mais de 20 criadores de Suínos da região.
– Se eu tivesse ficado aqui, teria fechado igual o chiqueiro – lembra.