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24/10/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:10am

Irregularidade na distribuição da ração compromete atividade nas granjas.
Integradores do PR e de SC enfrentam a mesma dificuldade.

A situação entre os criadores de aves integrados e o frigorífico Diplomata é cada vez mais grave no Rio Grande do Sul. A falta de pagamento dos lotes e a irregularidade na distribuição da ração comprometem a atividade nas granjas.

Os frangos começaram a morrer em alguns aviários. O criador Leonir Bongiorno perdeu mais de mil aves e parou de alojar na propriedade no município de Planalto, no norte gaúcho. “No galpão tinha alojado dez mil frangos. Eles morreram de fome. Por minha iniciativa, parei de fazer os alojamentos”, diz.

O criador Armando Dalberti não recebe há seis meses pelos lotes que entregou à empresa Diplomata. A ração também não está sendo suficiente para as aves. “Os três lotes que tenho de receber dá em torno de R$ 29 mil”, diz.

As aves estão sem alimento porque a empresa suspendeu o fornecimento da ração. O motivo seria o alto custo de insumos, como soja e milho, e queda do consumo da carne. Integradores do Paraná e de Santa Catarina enfrentam a mesma dificuldade.

Por telefone, a assessoria da empresa Diplomata reconhece que passa por um período de dificuldade financeira e informou que a empresa levou à Justiça um plano de recuperação judicial. A empresa espera a aprovação do juiz. Enquanto isso não acontece, o frigorífico garantiu que está tentando regularizar a entrega da ração para os criadores integrados.