Recuperação
23/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am
Centro trata de pelo menos 130 animais entre Aves, répteis e mamíferos.30% dos animais recuperados não podem ser devolvidos à natureza.
O Cetas, Centro de Tratamento de Animais silvestres do Amapá, cuida de Animais silvestres vítimas de maus tratos. A maioria é alvo da caça ilegal. Mesmo após s recuperação dos ferimentos sofridos, 30% dos animais não podem ser devolvidos à natureza.
A bióloga usa iogurte para acalmar o macaquinho guariba que tem pouco mais de um mês de vida. O filhote, que chegou muito machucado ao centro, ainda não consegue comer direito frutas nem tomar leite. A mãe não sobreviveu ao ataque de caçadores.
O filhote de bicho preguiça, que tem muitos ferimentos, estava agarrado à mãe quando ela foi atingida pelos disparos de tiro. Esse é mais um caso em que a mãe não sobreviveu ao ataque.
A anta é um exemplo de crueldade com que os animais são tratados antes de chegar ao centro. O animal sofreu vários golpes de terçado na cabeça e no lombo. O animal, que foi resgatado pelo Batalhão Ambiental, recebe tratamento para recuperar a saúde antes de ser devolvido ao habitat natural.
O centro cuida de pelo menos 130 animais, principalmente Aves, répteis e mamíferos. O lugar é administrado pelo Ibama. Apesar de ter infraestrutura adaptada para atender os bichos, ainda há dificuldades para realizar os trabalhos.
"Não temos aparelho de ultrassononografia e aparelho de raio x. Com isso, poderíamos fazer cirurgias no centro", diz Marcos Keyne, superintendente do Ibama no Amapá.
Muitos animais não podem voltar para a natureza, pois seriam presas fáceis. A maior tarefa é fazer com que esses animais não percam seus instintos e consigam viver em seu habitat natural.
O Ibama informou que irá assinar esta semana um termo de cooperação com uma empresa para a construção de um local onde os animais ficarão em quarentena para avaliação médica. Também serão comprados novos equipamentos para o centro cirúrgico.