Recomendação

23/11/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:24am

Os carrapaticidas utilizados periodicamente em bovinos geram resíduos que podem agora ser tratados, armazenados e descartados corretamente. A Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP) acaba de lançar um sistema de tratamento – utilizando peças simples e de baixíssimo custo – que reduz o impacto ambiental negativo trazido pelos restos desses defensivos animais, cujo volume é significativo, dado o elevado grau de infestação de carrapatos existente no Brasil.

O tratamento se dá por meio da degradação dos princípios ativos do carrapaticida, que se torna assim uma substância não-tóxica. As taxas de degradação, a depender do princípio ativo, se situaram entre 60% e 90%, segundo a pesquisadora Ana Rita de Araujo Nogueira, da Embrapa Pecuária Sudeste, participante da equipe que desenvolveu o conjunto.

Para adotar o sistema, o brete do curral deve ser cimentado, com um ralo para escoamento da água e dos resíduos que vão para o chão, após a aplicação do produto. Por meio de um cano, o produto é direcionado por gravidade a um pequeno tanque, onde pode ser reutilizado. Quando não houver mais atividade, os resíduos são direcionados para um protótipo. Este é construído com caixas de água de material polimérico, adaptadas com um agitador, controlado por uma pequena bomba. Ao resíduo acrescentam-se determinados reagentes químicos, que, com movimentos de agitação, levam à degradação química do produto. Esses reagentes devem ser usados sob medida e com orientação de um técnico especializado.

O escoamento do líquido pode se dar por gravidade, colocando-se as caixas em plano inferior ao brete. O resíduo degradado, após neutralização, pode ser descartado em fossa séptica.