Pesquisa

15/07/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:26am

Pesquisadores da Embrapa Rondônia iniciam neste semestre a segunda etapa de um projeto que envolve instituições de todo o Brasil na identificação de extratos vegetais para controle de parasitas de ruminantes. Depois de separar os fitoterápicos mais eficientes, os pesquisadores querem isolar os princípios ativos para o desenvolvimento de medicamentos sintéticos, baseados nos compostos naturais.

Nos últimos três anos, foram testados em Rondônia 22 extratos vegetais em diferentes espécies de moscas que prejudicam os bovinos. A pesquisadora Luciana Gatto Brito, médica veterinária da Embrapa Rondônia, explica que os fitoterápicos foram escolhidos com base em registros na literatura e no conhecimento popular.

Cada produto foi testado em diferentes concentrações. Cada concentração repetida três vezes. As moscas são submetidas aos produtos em laboratório, onde é possível medir a taxa de mortalidade. Os experimentos permitem identificar os compostos mais eficientes e as concentrações ideiais do produto.

Com os resultados da primeira rodada de experimentações, os cientistas partem agora para uma etapa mais aprofundada de análise. Os extratos naturais são fracionados quimicamente. Os compostos químicos são isolados e testados separadamente nos parasitas. O objetivo é identificar o princípio ativo do fitoterápico e evetualmente produzí-lo em larga escala para uso veterinário.

Liderado pela Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos (SP), o projeto “Uso de extratos vegetais ativos no controle parasitário de ruminantes’ envolve diversas instituições de pesquisa no país, como outras sete unidades da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Universidades em São Paulo, Ceará, Rondônia e Paraná também fazem parte do projeto.