MT deve vacinar mais de 1 milhão de bezerras contra brucelose

22/04/2014 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:56am

 

Publicado no Agronotícias em 22/04/2014

 

A primeira etapa de vacinação contra a brucelose termina em junho. A imunização é obrigatória em todas as fêmeas de três a oito meses de idade.  Este ano, estima-se que cerca de 1,3 milhão de bezerras sejam vacinadas em todo o Estado. Além de ser obrigatória, a vacinação é a única forma de evitar a doença. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) reforça a importância da imunização do Rebanho e orienta para os pecuaristas procurarem um Médico Veterinário credenciado pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) para fazer a vacinação, conforme determina o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal. Além de estar cumprindo com a obrigação sanitária, com a vacina o produtor vai garantir a sanidade animal do seu Rebanho , ressalta o diretor de Relações Institucionais da Famato, Rogério Romanini. 

A vacinação é dividida em duas etapas, sendo uma em cada semestre do ano. O produtor é obrigado a vacinar todas as bezerras de três a oito meses de idade até 30 de junho, não podendo deixar para imunizar esses animais na segunda etapa. Somente podem ser vacinados na segunda etapa os animais que estão fora da faixa etária de vacinação até 30 de junho. Por exemplo, se a bezerra estiver com quatro meses de idade deverá ser obrigatoriamente vacinada na primeira etapa. Neste caso o produtor não pode deixar a vacinação para o segundo semestre, pois terá que pagar multa. 

O pecuarista também precisa comunicar a imunização ao Indea. A comunicação da primeira etapa pode ser feita até o dia 30 de junho e a da segunda até 31 de dezembro. Quem não realizar a vacinação pode ser multado em 2,25 UPFs (Unidade de Padrão Fiscal), sendo que cada UPF equivale a R$ 106,73. As propriedades irregulares com a vacinação ficam impedidas de transitar com bovinos e bubalinos machos e fêmeas de qualquer idade, categoria ou finalidade. 

A brucelose pode ser responsável por consideráveis perdas econômicas para o pecuarista, pois a doença causa aborto e morte de bezerros recém-nascidos. Humanos também podem contrair a brucelose se consumirem carne ou leite cru de animais contaminados ou por meio do manuseio de animais contaminados através do sangue, fetos e secreções.