Investigação sanitária

30/04/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:27am

Os 13 cavalos que tiveram contato direto com a égua Mocinha, sacrificada na terça-feira (27) por ter contraído o mormo (doença infecto-contagiosa), não foram contaminados. Os exames de maleína realizados pelo Serviço Veterinário Oficial foram divulgados nesta quinta-feira (29) e constataram resultado negativo para a enfermidade.

“Isso comprova que o agente do mormo tem baixa transmissibilidade. Vamos continuar as investigações nos animais do Distrito Federal e do Entorno. O objetivo é assegurar que esse era o único caso da doença na região e, consequentemente, recuperar a classificação como livre dessa doença”, ressalta o coordenador-geral de Combate às Doenças, da Secretaria de Defesa Agropecuária, Guilherme Marques.

Dos 13 animais, seis estavam no curral comunitário, na região administrativa de Sobradinho, e sete no Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UNB). Segundo Marques, após esse resultado, haverá a desinfecção total do ambiente e a desinterdição do estabelecimento.

Medidas
Com a confirmação do primeiro caso na região, no dia 23 de abril de 2010, o trânsito interestadual e os eventos com equídeos (mulas, jumentos e cavalos) no DF ficaram condicionados à apresentação de resultado negativo, na prova de Fixação de Complemento, exame que identifica a doença. O procedimento atende às exigências sanitárias da Instrução Normativa Nº 24, de 5 de abril de 2004.

Surgimento no DF
A Superintendência Federal de Agricultura no Distrito Federal foi notificada, no dia 22 de dezembro de 2009, da suspeita de caso de mormo em equino alojado no Hospital Veterinário de Brasília. No mesmo dia foi colhida amostra para testes no Laboratório Nacional Agropecuário em Recife.

O animal suspeito, bem como os contatos, foram mantidos isolados. Após a confirmação da doença pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a égua foi sacrificada no dia 27 de abril. No total, 77 animais que tiveram contato com a égua infectada foram testados e em nenhum foi confirmada a doença.

Mormo
Causado pela bactéria Burkholderia mallei tem como principal via de infecção a digestiva, podendo ocorrer, também, por meio respiratório e cutâneo. O período de incubação da doença varia de um a 14 dias.