Gripe

22/11/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:04am

Era a chegada do inverno no Hemisfério Norte.
Pois em 2011 o problema volta a se repetir. Na semana, um representante chinês da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), citando informações e estatísticas do Ministério da Agricultura da China, falou sobre a identificação de uma nova forma mutante do vírus H5N1 da Influenza Aviária – batizada de H5N1-2.3.2.1 – contra a qual as atuais vacinas têm se mostrado ineficientes.
Conforme o integrante da FAO, com a próxima chegada do inverno setentrional “a China corre o risco de enfrentar verdadeira escalada de surtos de Influenza Aviária, o que (dada a íntima convivência local entre homens e aves) põe em risco também vidas humanas”.
Yu Kangzhen, Veterinário-Chefe do Ministério da Agricultura minimiza a questão e afirma que dificilmente o país enfrentará surtos em larga escala. Mas concorda que será difícil evitar a ocorrência de casos regionais de Influenza Aviária no próximo inverno.
Mas enquanto a China fica, por ora, no terreno das possibilidades, já há casos concretos da doença na região. Na última quinta-feira, Taiwan (isto é, a China nacionalista) oficiou à Organização Mundial de saúde animal (OIE) a detecção de caso de Influenza Aviária de baixa patogenicidade (LPAI, na sigla em inglês) no norte do país envolvendo reprodutoras e aves comerciais nativas. Além deste, porém, outros 20 focos já haviam sido identificados.
Porém, não é só no sudeste asiático que a Influenza Aviária causa problemas. Em outubro o Irã (Oriente Médio) registrou pelo menos três casos de HPAI (isto é, Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) em galinhas, patos e gansos pertencentes a criações de subsistência. Comunicadas à OIE, as ocorrências foram atribuídas pelo Ministério da Agricultura do Irã ao fato de o país ser rota de aves migratórias que cruzam território iraniano fugindo do inverno europeu.
Na última quinta-feira (17), a Autoridade Pública do Kuwait para Agricultura e Pesca anunciou que, por precaução e conforme recomendam as normas veterinárias do país, suspendeu por prazo indeterminado a importação de aves e ovos de procedência iraniana, diante da informação (transmitida à OIE) de existência de focos de Influenza Aviária naquele país. Outros países do Oriente Médio tendem a seguir a mesma orientação.