Expansão
08/12/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:04am
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, revelou em entrevista ao blog Carne Saudável (www.carnesaudavel.blog.br) que o modelo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) deveria se expandir a todos os municípios brasileiros, garantindo um grau de controle que é reconhecido no país e no exterior. O secretário refere-se ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), já aprovado por lei e ao qual a adesão por estados e municípios é voluntária.
A maior preocupação é com os crescentes casos de denúncias contra os abatedouros clandestinos ou com graves deficiências sanitárias. Para Jardim, não é possível permitir o funcionamento de uma unidade frigorífica que apresenta riscos ao consumidor.
“A lei deve ser cumprida, pois a base de tudo é mesmo a preservação da saúde pública. Se houver risco para a saúde humana, as providências são tomadas de maneira rigorosa, mesmo que isso signifique o descarte do animal ou de todo um lote de bovinos”, destacou.
O secretário reconhece que pequenos matadouros e frigoríficos, que não estão sujeitos à fiscalização do SIF, não investem em iniciativas de controle, como a inspeção e seleção de animais no pré-abate. Jardim destaca esse trabalho como um dos mais importantes realizados pelo Serviço. “Visitamos os frigoríficos e abatedouros e fazemos um filtro dos animais, evitando que bovinos doentes, com brucelose, aftosa ou cisticerco, sigam para o abate”, explicou.
Apenas os matadouros e frigoríficos que comercializam seus produtos fora de seus estados de origem e para o exterior estão sujeitos à fiscalização do SIF. Hoje o Serviço fiscaliza quase 4 mil estabelecimentos de todo o País, registrados no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria de Defesa Agropecuária. Os produtos brasileiros com a marca SIF são comercializados no Brasil e em mais de 180 países.