Comissões de Educação da Medicina Veterinária do país debatem novas Diretrizes Curriculares

06/08/2019 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:33am

O III Fórum das Comissões Nacional e Regionais de Educação da Medicina Veterinária do Sistema CFMV/CRMVs desembarcou nesta terça-feira (6), na cidade de Curitiba (PR), para debater os desafios da elaboração do projeto pedagógico considerando as novas diretrizes curriculares. O encontro reuniu durante todo o dia, na PUCPR, representantes de 14 estados das cinco regiões do país. 

 

       Representantes das Comissões Nacional e Regionais de 14 estados 

Ao abrir o evento, o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR), Rodrigo Mira, deu as boas-vindas aos presentes e ressaltou a importância das Comissões de Educação da Medicina Veterinária. “Estou aqui representando o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, e temos a honra de receber a joia da coroa. A maioria dos problemas que a nossa classe tem vem da educação de má qualidade. Por isso, a Comissão de Educação é uma joia”, afirmou. 

 

Presidente do CRVC-PR, Rodrigo Mira, e o presidente da CNEMV, Rafael Mondadori

 

Para o presidente da Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária (CNEMV/CFMV), Rafael Mondadori, outro objetivo do fórum é “conseguir que todas as comissões de todos os estados falem a mesma língua”, explicou. Mondadori defende a importância de trabalhar para a unificação das Comissões Nacional e Regionais de Educação da Medicina Veterinária do Sistema CFMV/CRMVs.

 

DESAFIOS DO PROJETO PEDAGÓGICO

O médico-veterinário Rogério Amorim, membro da CNEMV/CFMV, subiu ao palco para ministrar a palestra Desafios da Montagem de Projeto Pedagógico frente às novas Diretrizes Curriculares Nacionais. O professor iniciou a exposição afirmando: “O projeto pedagógico não é um documento burocrático, mas na maioria das instituições é visto assim. Ele vai direto para o arquivo e muitos não têm conhecimento. Esse é um dos maiores desafios: que ele deixe de ser papel e se torne um norteador do curso”.

 

                             Palestra do médico-veterinário Rogério Amorim

 

O palestrante também abordou a importância de compreender o atual perfil dos estudantes, falou da qualidade dos educadores como ponto crucial para a boa qualidade do ensino e apresentou os novos métodos de ensino-aprendizagem, além de defender o valor da relação entre professores e alunos.

 

SENEMV 2020

Os estados presentes – Maranhão, Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Ceará, Roraima, Pernambuco, Paraná, São Paulo, Pará, Espírito Santo, Paraíba, Bahia e Piauí – também debateram e sugeriram temas para o XXV Seminário Nacional de Educação em Medicina Veterinária (SENEMV), previsto para 2020.

 

RELATOS DAS COMISSÕES REGIONAIS

As comissões regionais também tiveram espaço para expor as atividades e ações desenvolvidas após o último fórum, ocorrido em 2018. A exposição mostrou o alinhamento entre os representantes dos estados. A maioria falou sobre a preocupação e necessidade de debater de forma clara os cursos de graduação a distância, além da devida fiscalização dos cursos de auxiliar de veterinário. O estímulo ao uso das metodologias ativas de ensino-aprendizagem também foi um dos temas abordados.

Muitos relatos mostraram a disponibilidade das comissões em acompanhar os cursos de graduação de Medicina Veterinária dos estados, com a preocupação de um projeto pedagógico adequado e um ensino de boa qualidade.

 

CURSOS ACREDITADOS

Durante o Fórum, foram entregues a três cursos de Medicina Veterinária de Minas Gerais o selo do II Ciclo de Acreditação do Conselho Federal de Medicina Veterinária. Os cursos de graduação da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) das cidades de Betim e de Poços de Caldas receberam o certificado de acreditação, representados por Isabella Bias Fortes, coordenadora do curso de graduação de Betim. Já o selo de excelência foi conquistado pelo curso da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), de Belo Horizonte, e recebido pela também coordenadora, Cláudia Freire.

Coordenadora Isabella Bias Fortes (esquerda) e coordenadora Cláudia Freire (direita)

 

A adesão à acreditação é gratuita e voluntária e tem como objetivo avaliar de forma permanente a qualidade dos cursos de graduação, contribuindo para sua melhoria contínua, além de tornar públicos os critérios estabelecidos pelo CFMV e favorecer o desenvolvimento da cultura da avaliação como indutor da qualidade dos cursos no país.