Coleta

23/01/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:01am

O Tocantins está entre os 53 pontos de coleta distribuídos na região amazônica na pesquisa sobre ‘Carrapatos Vetores de Doenças em Humanos’, realizada pela Universidade de São Paulo (USP). A partir deste ano a Fundação de Medicina Tropical do Tocantins (Funtrop) entrou em parceria neste projeto para fazer a coleta em 30 pontos no Tocantins, desde a região norte, no Bico do Papagaio até Talismã (extremo Sul do Estado), com o veterinário e diretor de Pesquisa, Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, Cássio Peterka. Nos quatro dias de coleta, em meados de janeiro, foram capturados cerca de 500 carrapatos de equinos e do ambiente.

O projeto intitulado “Estudo do complexo cajennense do gênero Amblyomma” é um dos vários desenvolvidos na área de acarologia de importância médico veterinária pelo laboratório de Parasitologia do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da USP.

O professor doutor Marcelo Bahia Labruna, um dos maiores pesquisadores sobre a ecologia, biologia e doenças transmitidas por carrapatos nas Américas, e o doutorando Thiago Fernandes Martins foram os responsáveis pelas coletas na região. O projeto está em andamento há dois anos e os pesquisadores já fizeram coletas no Maranhão, Pará e Tocantins. Depois eles seguem para Rondônia e Mato Grosso.

Para o diretor Cássio Peterka, esse trabalho é importante porque durante o mapeamento serão coletadas as espécies de carrapatos existentes nesta região, para identificar as que transmitem a febre maculosa e outras rickettsioses (causadoras da doença). “O Estado já pode contar com um laboratório de Vigilância Acarológica, porque a Funtrop já tem uma equipe especializada para a identificação das espécies de carrapatos, detectar os que são infectados e sua ocorrência”, disse o diretor, que acompanhou toda a coleta no Tocantins e está satisfeito em poder dar um suporte para a equipe de Vigilância em Saúde do Estado.

De acordo com Peterka, o carrapato é um ácaro e a coleta é realizada em animais e ambientes favoráveis a eles, como lugares sombreados, com umidade, bordas de matas e pastos sujos. “Quando passamos a flanela eles ficam grudados e são capturados para a pesquisa”, revela