Balanço CFMV: o trabalho da Comissão Nacional de Residência em Medicina Veterinária em 2017

15/12/2017 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:43am

Roberta Machado

O ano de 2017 foi de conclusão dos trabalhos para a Comissão Nacional de Residência em Medicina Veterinária (CNRMV). A comissão deu continuidade à sua atuação em defesa da formação do profissional veterinário e a sua integração à saúde pública por meio do fomento da residência multiprofissional em saúde. Para alcançar esse objetivo, a CNRMV cumpriu seu papel de assessorar o CFMV, fornecendo pareceres, participando de eventos, representando o Conselho em audiências públicas e encontros junto a órgãos do governo, e fomentando iniciativas de interesse dos profissionais.

Durante o ano, a CNRMV/CFMV realizou 5 reuniões, além de participar de encontros com o Ministério da Educação (MEC), a fim de alinhar as atividades relacionadas aos programas de residência multiprofissional. A iniciativa fez parte das ações do CFMV de aproximação e continuidade dos trabalhos em parceria com os órgãos públicos de forma a contribuir para a formação dos médicos veterinários.

Em junho, o grupo se reuniu com a Secretaria de Educação Superior (SESU) de Ministério de Educação (MEC) e apresentou a proposta da comissão para a definição de carga horária mínima para as atividades em atenção básica à saúde, recomendada pela Comissão para os Programas de Residência em Medicina Veterinária reconhecidos pelo MEC.

“A interação e a parceria com a Diretoria de Residências do MEC foram extremamente importantes. Nós temos, como comissão, trabalhado em sintonia com eles, sempre direcionando para o objetivo da busca de qualidade dos programas e incluindo treinamento na Saúde Única”, conta Benedito Dias Filho, presidente da CNRMV. “Nós trabalhamos em conjunto, no sentido de sensibilizar e estimular os programas a incluir nas suas atividades ações de atenção básica à saúde dentro dos princípios da Saúde Única. Esse novo olhar foi um dos propósitos dessa gestão”, descreve Dias.

                 Comissão Nacional de Residência em Medicina Veterinária (CNRMV/CFMV). Foto: Ascom

Em agosto, representantes da comissão estiveram presentes no 3º Encontro Vetnil de Residentes em Medicina Veterinária, em Itu (SP). Na ocasião, o integrante da CNRMV Antônio José Aguiar foi homenageado por sua contribuição para o desenvolvimento da Residência Veterinária no Brasil.

 

Acreditação

Foi também neste ano que o grupo realizou a fase piloto da Acreditação dos Programas de Residência e Aprimoramento Profissional, apresentada pela primeira vez ao público em 2016. A chancela do CFMV foi criada para avaliar e acreditar os programas de treinamento em serviço de acordo com os padrões de ensino, infraestrutura, preceptoria e casuística estipulados em resolução.

A iniciativa, que procura reconhecer a competência dos melhores cursos de treinamento em serviço oferecidos no país, passou por um período inicial de ajustes, durante o qual o instrumento de avaliação foi testado e aperfeiçoado. O processo é feito por meio de um sistema totalmente digital, com base em avaliações feitas in loco por representantes qualificados do CFMV.

A fase piloto do projeto foi realizada com o apoio da Universidade de Marília (Unimar) e da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages (SC). A acreditação agora se encontra em plenas condições de implantação, e a partir do próximo ano poderá ser aberta às Instituições de Ensino Superior (IES) interessadas. “A recepção foi excelente. Com certeza há um interesse e potencial para a acreditação no futuro”, conta Antonio Aguiar.

 

Expectativas

Segundo a estimativa da comissão, o Brasil tem hoje 43 programas de residência e 45 de aprimoramento profissional em Medicina Veterinária, o suficiente para absorver cerca de 10% dos novos profissionais. “Esses dados mostram a necessidade de que sejam criados novos programas, e nós sabemos que, infelizmente, muitos profissionais que têm um nível de preparo muito aquém do desejado. E a residência é a oportunidade de minimizar essa deficiência”

Dessa forma, a CNRMV espera continuar trabalhando no estímulo de novos programas, assim como nas iniciativas que buscam a crescente qualidade desses cursos de formação em treinamento. “A residência multiprofissional é necessária para atender algo pelo que lutamos e conquistamos, mas que ainda não temos profissionais suficientes para suprir, que é a inserção do médico veterinários nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF)”, aponta Benedito Dias.

“Temos de ressaltar que a discussão da residência em Medicina Veterinária no Brasil se iniciou há quinze anos, quando o CFMV foi o primeiro órgão a reconhecer a residência como modalidade de pós-graduação lato sensu. E a existência dessa comissão foi fundamental para que o Mec reconhecesse as residências”, ressalta Antonio Aguiar.

 

Sobre a Comissão

A CNRMV é formada pelos médicos veterinários Benedito Dias de Oliveira Filho (Presidente); Fernando Leandro dos Santos; Virginia Bocorny Lunardi; José Correa de Lacerda Neto; e Antonio José Araújo Aguiar. Clique aqui e saiba mais sobre os integrantes.

 

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Assessoria de Comunicação CFMV