Aves

21/08/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:43am

A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e entidades ligadas ao setor produtivo organizam grupo de trabalho para criar um novo projeto de abastecimento para Santa Catarina. O grupo se reunirá nesta terça-feira (21) às 10h na Secretaria da Agricultura.

A decisão foi tomada na última segunda-feira (20) após reunião com a Conab em que se discutiu os problemas no abastecimento de milho em Santa Catarina, fator que prejudica importantes setores agrícolas, como a Suinocultura e Avicultura. O encontro contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, o coordenador geral de Cereais e Culturas Anuais do Mapa, José Maria dos Anjos; o superintendente de Armazenagem da Conab, Rafael Borges Bueno.

Segundo João Rodrigues, o Estado é um polo produtor de carne e necessita de milho para alimentar os animais. "Santa Catarina produz 2,9 milhões de toneladas e consome 7,7 milhões de toneladas. Somos um Estado altamente produtivo de carne, porém não atendemos a nossa demanda quando falamos em grãos, ainda mais após a seca que assolou boa parte dos municípios catarinenses e agora a seca também nos Estados Unidos", afirmou o secretário Rodrigues.

O Ministério da Agricultura e a Conab explicaram que não há um problema de abastecimento de grãos no país, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são casos isolados pela redução dos embarques do grão para o Estado. "O estoque da Conab é o maior da história com 14,6 milhões de toneladas. Se não houvesse a crise nos Estados Unidos, nós estaríamos trabalhando com um preço abaixo do mínimo no Centro Oeste", ressaltou o coordenador geral de Cereais e Culturas Anuais do Mapa, José Maria dos Anjos.

O superintendente de Armazenagem da Conab, Rafael Borges Bueno, destacou que a diminuição do transporte do grão para o Estado foi consequência de diversos fatores tais como: problemas técnicos e operacionais na origem e destino do milho; a mudança na Lei do Motorista que prevê jornada máxima de 8 horas por dia em dois turnos; greve dos classificadores em Goiás. "A Conab tem cobrado diariamente das transportadoras que a questão do fluxo seja resolvida o mais rápido possível", disse Bueno. "Acreditamos que a partir da primeira quinzena de setembro o transporte se normalize, os caminhoneiros são atraídos também quando há um frete-retorno do Estado.", completou.