Agronegócio mineiro e baiano recebem missão da Organização Mundial de Saúde Animal
20/02/2014 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:57am
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e outras entidades do agronegócio mineiro se reuniram na manhã dessa quarta (19/2) com o governo estadual e membros da Organização Mundial da saúde animal (OIE), em BH. O objetivo da entidade internacional é conhecer e avaliar o serviço Veterinário brasileiro, oferecendo soluções para otimizar a sanidade no País, em acordo com exigências do mercado mundial. Em Minas Gerais, a comitiva da OIE ouviu representantes da Faemg, Sinduscarnes, Silemg, Avimig e do Conselho Regional de Medicina Veterinária. Entre os pontos fortes, destaque foi o bom relacionamento dos órgãos governamentais com as entidades e os produtores, com diálogo constante e frequente realização de consultas públicas. Por outro lado, as críticas se centraram na alta burocratização dos processos e na necessidade de atualização e adequação da legislação à realidade do agronegócio atual.
A Agência de Defesa Agropecuária (Adab), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), passou por uma auditoria da Missão Internacional da Organização de saúde animal (OIE), na segunda e terça-feira (17 e 18). A equipe composta por dois auditores, Eric Fermet e Ana Batalha, acompanhados pelo observador do Departamento de saúde animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Nilton Morais, examinou as atividades dos programas desenvolvidos pela Diretoria de Defesa Sanitária Animal e pela Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Agropecuária da Adab, com o objetivo de avaliar o Serviço Veterinário Brasileiro, buscando informações do Serviço Veterinário Oficial e de entidades público e privada envolvidas no Sistema de Defesa Agropecuária do Brasil.
A Universidade Federal da Bahia (Ufba), a União Metropolitana de Educação e Cultura (Unime), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia (CRMV/BA) também foram averiguados para saber como é abordada a Defesa Agropecuária voltada para a formação dos futuros médicos veterinários baianos. As Associações de Criadores, a Federação da Agricultura, Polícia Militar da Bahia, o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária (Fundap), o Serviço de Vigilância Sanitária do município de Feira de Santana, os médicos veterinários autônomos e produtores baianos foram abordados e ouvidos pelos auditores para saber o nível de consciência referente à importância da Defesa Agropecuária para o setor.
A comitiva da OIE esteve também na sede da CNA, em Brasília, na última semana. Durante o encontro, o vice-presidente diretor da CNA, Eduardo Riedel, destacou o foco do setor agropecuário brasileiro no mercado internacional, com o objetivo de conquistar cada vez mais mercados para a carne brasileira, o que reforça a importância de se ter um serviço Veterinário eficiente. "Recentemente, abrimos escritórios da CNA na China e na União Europeia para entender melhor estes mercados. Estamos conversando mais com os agentes de comércio internacional dos mercados onde os produtos brasileiros estão inseridos", afirmou.
Para o diretor do Departamento de saúde animal do Mapa, Guilherme Marques, que também é presidente da Comissão Regional da OIE para as Américas, o Brasil tem uma responsabilidade global em razão das relações comerciais que mantém com o mundo e tem feito "o dever de casa" no que diz respeito ao controle rigoroso da sanidade animal para a conquista de mais mercados. Como resultado deste controle, ele disse que, em breve, todo o território brasileiro deverá ser reconhecido como área livre de febre Aftosa.